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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Z - Parte 3

Após poucos segundos meus olhos já se acostumavam com a luz mas ainda ardiam ao contato direto com ela. Já conseguia identificar objetos. Parecia um quarto normal, porém, adaptado para algo voltado à medicina ou testes de laboratório. Me sentia um rato ali. Enjaulado. Vigiado. Mas não podia me precipitar com minhas suposições, talvez não fosse nada disso, somente um engano:

- Q... - A voz falhava, aparentemente fazia muito tempo que não falava, não conseguia me lembrar da última vez que havia conversado com alguém. - Quem é v... você?

- A questão não é: Quem é VOCÊ? - Rebateu a mulher na porta.

Sua voz era macia aos ouvidos, porém, soava seca na intenção. Parecia estar brava.

- Eu.. não lembro do meu nome... - Respondi.

- Entendo... Continuaremos o chamando de "Z" então.

- O que é esse lugar? O que estou fazendo aqui?

- Aqui é uma espécie de hospital. Você se tornou uma espécie de paciente. Lembrou de algo importante para compartilhar conosco?

- Minha mulher... Ela... Onde ela está? - Perguntei ao me lembrar das memórias que tive mesmo sem saber o nome da pessoa que eu me preocupava em saber alguma notícia.

- Então você tem familia... Interessante... Ninguém te procurou, Z. Infelizmente não sabemos nada sobre você e nem de onde você veio. Sabe me dizer algo sobre isso? Sua mulher, sua origem?

- N... Não... Não consigo me lembrar de nada específico.

- Ok, minha visita termina aqui, então. Até logo.

Então ela virou as costas e saiu do quarto, tentei segui-la mas um jato de fumaça começou a sair da porta na minha direção e o pouco que inalei me deixou sonolento e com os sentidos fracos. De repente eu estava apagado.
Ao acordar, apenas eu, minha cama e meu quarto escuro. Quem sou eu? Por que "Z"? O que querem de mim?

terça-feira, 21 de maio de 2013

Eu + Você

Meu sorriso desponta ponta a ponta quando me olha e me afronta fronte a fronte. Me descuido e cuido para que não perceba e ceda ao meu olhar de quem te deseja. Seja apenas a leveza que as penas podem proporcionar. Seja o riso de um sorriso digno do paraíso. Seja mais. Assim como sempre faz. Mostre a mim seu poder de querubim que me faz feliz simplesmente por ser tão simples assim. Me deixa oferecer tudo que posso te dar, sem podar, sem recuar. Vamos fazer flor nascer, pássaro voar e admirar nossas crianças a correr. Me deixa ler o que prevê o futuro de Eu mais você.