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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Z - Parte 2

Tudo indicava ser um novo dia. Havia acabado de acordar mas não podia dizer ao certo se era manhã, tarde ou noite. A escuridão se mantinha presente dentro do local no qual me encontrava. Meus olhos pareciam mais acostumados com aquele breu sem fim e já conseguia distinguir algumas silhuetas de objetos mas ainda assim eram difíceis de reconhecê-los.

Estava quase certo de que estava num quarto de hospital, mas não entendia o porquê dele estar selado desta maneira. No dia anterior verifiquei de parede a parede qualquer sinal de interruptores ou maçanetas para que pudesse encontrar uma luz ou uma saída. Mas nada. Não existe nada disso neste quarto. Por que me prenderam aqui? Eu estou doente? Eu sou algum tipo de ameaça? Nem mesmo uma pequena fresta de luz entra nesse lugar. Novamente imaginei que estava morto, mas não fazia sentido, durante minha caminhada no quarto em busca de uma solução pra escuridão eu cheguei a dar algumas topadas em objetos e os senti bem. Principalmente ao chutar a quina de um pequeno armário.

De repente um barulho veio da parede a frente da minha cama (ou maca), não era exatamente a frente, mas o som parecia vir dali. Da escuridão uma luz começou a emergir, me lembrei de filmes de alienígenas quando pousam suas naves e a porta da sua nave sobe e revelam sua silhueta em forma de sombra devido a luz que saia de dentro de suas espaçonaves. Pela falta de luz que meus olhos haviam se adaptado aquela pequena brecha de luz pareceu me cegar. Não conseguia olhá-la diretamente, mas podia ver pelas sombras no chão que alguém estava ali a media que a porta se elevava. Esta pessoa. Ela deve saber quem eu sou ou o que sou.