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terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Paciente - Capítulo 1










   O dia havia escurecido, nunca havia visto o tempo passar tão rápido diante de seus olhos. A cada pestanejada via um pequeno flash de sua vida passar como se estivesse em câmera lenta. Nossa, esses momentos passaram tão rápido em sua vida e agora, em seu momento final, pareciam durar toda a eternidade. Viu sua infância, seu cachorro, Benny, viu amigos de infância, parentes que faleceram há anos. Por mais que aqueles momentos tocassem o fundo de sua alma e coração, ele já não era mais capaz de senti-los com a devida tristeza. 
   Não sentia seu corpo, não tinha vontade de chorar. Visão escurecendo novamente. Após muito tempo foi capaz de mover um dedo. Reflexo. Era apenas um movimento involuntário, sentiu um líquido grosso que parecia brotar do chão. Sangue. Seu sangue. Tudo se encaixava naquele instante, estava ali parado, deitado no chão frio, morrendo.
  Não se lembrava de como parou ali e nem o que o deixou naquele estado. Sozinho. Ninguém estava por perto para socorre-lo? A unica coisa que vinha à sua cabeça era que aquele era o início de seu fim. Tempo, era o que mais fugia de suas mãos lambuzadas com seu sangue. Agora se sentia bem, sem dores, no fim das contas, a morte era de fato a cura de todas as doenças. Sempre achou que aqueles caras da TV eram loucos ao afirmar esse tipo de coisa. A sensação de bem estar só aumentava, a cada segundo passado era como se rejuvenescesse cinco anos, seus olhos não já não tinham forças para se abrir, a escuridão que deveria tomar 
sua visão se tornara luz, um pensamento ecoou em sua mente:


- Acabou para mim...



   Não sabia onde estava, via uma luz forte queimar sua retina. Não fazia a mínima idéia de que acabara de se salvar da morte. Um milagre! Estava prestes a ser dado como morto quando a máquina que mostrava uma linha retilínea constante começou a pulsar novamente. A linha representava os batimentos cardíacos de Marcus, e esta começava a saltitar sadia no monitor ao lado da maca. Os olhos dos médicos não creditavam no que viam. Já tinham visto pessoas quase morrer e depois reagir, mas uma pessoa ir e voltar dos portões da morte por sete dias inúmeras vezes foi um fenômeno inexplicável.
   Sabiam que aquele rapaz de vinte e cinco anos não era normal, sabiam que era especial de mais para morrer ali, ele não tinha o direito de morrer, não ainda:

- Doutor, como pode...? - Disse Vera, uma fiel enfermeira do Dr. César.
- Não sei, Vera... Existem coisas que nem mesmo a ciência ainda não possui explicação. Não devemos expor esse garoto, ele tem um propósito maior neste mundo.

   Abriu os olhos, acreditava ter morrido. À medida em que seu olhos percorriam o local, foi notando uma movimentação constante ao seu redor, viu alguns aparelhos de hospital e logo identificou onde acabara de acordar. Lembrava de todos seus pensamentos "pré-morte" mas não ainda lembrava como tudo aquilo havia acontecido. Queria respostas em sua mente, mas não obtinha sucesso algum. Puxou a campainha próxima a sua cama. Como era maravilhoso ter seu corpo se movendo de acordo com sua vontade novamente! Apertou o botão. Alvoroço. Todos os médicos queriam conhecer o rapaz milagroso, o imortal. Havia se tornado uma celebridade naquele hospital. Um grito. Como um leão, Dr. César espantou todos os curiosos de perto de Marcus:

- Deixem-no em paz, seu bando de abutres! Respeitem meu paciente! - Bradou Dr. César vindo com passos acelerados do fundo do corredor.

   Nunca havia sido visto tão bravo! Parecia um guerreiro medieval usando apenas seu urro para espantar seus inimigos. Teve sucesso. O médico queria proteger o garoto à todo custo. Só lhe restava saber o por quê.

É isso aí, galera!

Por hoje é isso. Caso gostem e queriam uma continuação pra essa história eu quero comentários.

Pra próxima parte eu quero no mínimo 10 comentários, não vale os anônimos.

Quero saber quem leu, do que gostou, enfim! Comentem, divulguem...

Até mais!

Novidade

Olá, a todos que leem meu blog.


Hoje venho com duas postagens, esta que é só para apresentar a novidade que na verdade não é tão nova assim, e outra postagens com o início dessa novidade.


Por que "novidade não tão nova assim"?
R: Porque meu intuito inicial ao fazer esse blog era de possivelmente criar ou repassar algumas de minhas criações, histórias, poemas e etc. Não o fiz de início pois estava focado em criar alguns textos sobre o dia a dia como alguns de vocês já devem ter lido alguma vez por aqui. Sempre que eu criar uma história nova eu vou postar aqui e se eu tiver um número "x" de comentários sobre ela eu dou continuidade. Caso não tenha ela ficará inacabada, fazendo juz ao nome do blog.


Espero que dê certo essa nova caminhada, espero que gostem...


Vamos ao que interessa! Boa leitura!